O maior nome nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) anunciou sua saída nesta sexta (11). Marcelo Freixo solicitou sua desfiliação e está de malas prontas para o PSB. A decisão, que já vinha gerando burburinho nos bastidores da política, provocou uma série de manifestações de psolistas nas redes sociais. O vereador da cidade do Rio, Chico Alencar, a deputada federal Talíria Petrone e o próprio perfil do partido fizeram questão de enaltecer a sigla, sem criticar o ex-companheiro. O receio é de enfraquecimento do PSOL, que recentemente perdeu Jean Willis, que se mudou para o Partido dos Trabalhadores.
A relação de Marcelo Freixo com o PSOL e a extrema-esquerda vem azedando há algum tempo. Ele já bateu boca com outros políticos do partido, já fez críticas contundentes a falta de diálogo da militância e à intolerância com agendas liberais.
Marcelo Freixo foi deputado estadual por três mandatos e atualmente é deputado federal. Pesquisas de intenção de voto o apontam como favorito ao governo do Estado do Rio em 2022. Ele também foi o relator da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa.
FOGO AMIGO
A saída de Freixo teve a benção do PT, que não titubeou em virar as costas para o PSOL, mas também não abriu mão da arrogância em ter seu próprio candidato ano que vem. O partido alertou Freixo que no reino de Lula ele não teria a liberdade que tanto deseja. Liberdade de procurar alianças com nomes inusitados como Fernando Henrique Cardoso e acenar, mesmo que discretamente, com o centro e a turma de centro-direita.