A Polícia Federal (PF), o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) e a Receita Federal realizaram nesta quinta (24) a Operação Fumus, com o objetivo de combater uma quadrilha que obrigava comerciantes a venderem os cigarros que ela indicava. Até o início da tarde quatro pessoas haviam sido presas. Entre os detidos está o policial militar Flavio Lucio de Oliveira Lemos, o Bololó, e Carlos Henrique de Araújo, o Henrique Máquina.
Os irmãos Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, e Cláudio Nunes Coutinho são considerados foragidos. Eles são primos de Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho, presidente de honra da escola de samba Grande Rio de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio. O irmão de Helinho, João Ribeiro de Oliveira, também é procurado.
Segundo as investigações, o grupo criminoso é conhecido como Banca da Grande Rio, por causa da suposta ligação com a agremiação. “Vem de vínculos de muitos dos denunciados com a GRES Grande Rio e com as pessoas que por lá passaram”, informou o MPRJ. O Direita Nacional tentou entrar em contato com a escola, mas não obteve resposta.
O cigarro que os comerciantes eram obrigados a vender se chama C-One, da Companhia Sulamericana de Tabacos. A força-tarefa descobriu que os cigarros são adquiridos por empresas formalmente constituídas ligadas a pessoas do bando.
O material era distribuído para várias cidades do Estado do Rio. Quem não vendia o cigarro ou descumpria a tabela sofria graves represálias. O rendimento mensal do grupo é estimado em R$ 1,5 milhão por mês.