As voltas que a vida (na política) dá. Luciano Huck foi cogitado nos últimos anos como pré-candidato a presidência da República, preenchendo a vaga da tão comentada “terceira via”. Porém, Huck declinou da corrida eleitoral e renovou com a Globo, de olho no horário de domingo da emissora com a saída de Fausto Silva, que migrou para a Band. Na sua “Escolha de Sofia”, o apresentador preferiu a carreira no entretenimento. Só que isso pode mudar em breve, numa reviravolta provocada pelo mal desempenho do Domingão com Huck. E mais: há boatos crescentes que o cientista político Michel Winter assumiria a coordenação de marketing da campanha.
Luciano Huck não viria mais a presidente, mas ao governo do Estado do Rio, onde as pesquisas de intenção de voto o colocam na liderança. Michel Winter sabe que a estratégia pode dar certo e, normalmente, o mineiro acerta em cheio. Como, por exemplo, em 2018, quando fez parte da equipe que colocou Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, e elegeu Wilson Witzel no Rio, Romeu Zema em Minas Gerais, e vários deputados e senadores, fazendo do PSL de partido nanico a potência nacional.
“Sondar todos sondam. Essa decisão de qual campanha irei trabalhar vai ficar mais para frente. A única certeza é que eu não vendo campanha para políticos inescrupulosos que pagam pelo seu serviço e depois dão as costas para quem de fato o elegeu” afirmou Michel Winter ao Direita Nacional.
Zema, o traidor
A alfinetada de Michel tem alvo certo. Romeu Zema era um ilustre desconhecido na campanha Eleitoral de 2018. Winter elaborou a estratégia na “onda bolsonarista” e fez em 23 dias um milagre. Zema saiu do último lugar nas pesquisas e quase venceu no primeiro turno.
A relação entre eles azedou. “Eu percebi que ele estava pronto para apunhalar quem o ajudou pelas costas. E continua fazendo isso, fingindo ser aliado do presidente, mas fazendo críticas toda hora, pronto para se lançar como adversário na hora certa”, disse.
Se a candidatura de Luciano Huck vingar no Rio, a expectativa é que o cientista político se concentre em duas frentes de batalha. A segunda seria reeleger Bolsonaro, derrotando Zema e Dória. Sobre este último, ele se resume a dizer “não o subestime”.
Segundo Winter, não existe “terceira via” na corrida presidencial. “Só tem chances de vencer quem polarizar, quem tiver conteúdo e história de vida”.