Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
O deputado federal Luis Miranda, acusado pelo representante comercial da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, de tentar intermediar a compra de vacinas, entrou na sessão da CPI da Covid desta quinta-feira (1º) e causou tumulto.
A presença do deputado causou tumulto e queixas dos senadores governistas Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), Marcos Rogério (DEM-RO) e Fernando Bezerra (MDB-PE). Este último, líder do governo no Senado, afirmou: “O que é isso? Ele não pode ficar presente na sessão”. Os senadores questionaram também se se tratava de uma ameaça.
Após desmentir acusações feitas pelo empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) decidiu ir a um cartório, em Brasília, para criar uma ata notorial sobre as trocas de mensagens que, segundo ele, teriam ocorrido “em outubro de 2020” e se tratavam de aquisição de luvas a serem comercializadas para cliente nos Estados Unidos.
De acordo com o deputado, toda a conversa será transcrita, uma vez que ele manteve as mensagens arquivadas até hoje. “Eu nunca deleto, porque não tenho rabo preso, diferente deles, né? Eu tenho como comprovar tudinho aqui agora. Vou fazer a ata notorial e já retorno para pedir a prisão do cara para a CPI”, disse.