A estratégia política do Partido Liberal (PL) em Belo Horizonte resultou na derrota da candidatura de Bruno Engler à prefeitura. Em vez de implementar uma campanha coordenada e eficiente para fortalecer Engler, os recursos partidários foram direcionados a candidatos a vereador do círculo pessoal dos líderes do partido. Esses “famosinhos” e “amigos chegados” foram priorizados com verbas substanciais, enquanto outros candidatos, com real potencial para atrair votos e fortalecer a candidatura do prefeito, foram deixados de lado, boicotados e até prejudicados com atrasos de material e apoio insuficiente.
A má distribuição dos recursos foi tão flagrante que uma candidata recebeu cerca de meio milhão de reais e conseguiu apenas 500 votos, resultando em um custo de mil reais por voto. Outro candidato favorecido recebeu impressionantes 900 mil reais, mas sequer conseguiu gastar a verba, evidenciando a falta de planejamento estratégico e experiência eleitoral.
A presença de faixas e cartazes se mostrou insuficiente. Para conquistar votos, é fundamental que os vereadores atuem diretamente com os eleitores, mobilizando-os também para a candidatura de Bruno Engler. No entanto, os vereadores favorecidos, eleitos mais por influência do que por competência, não conseguiram converter apoio significativo para a candidatura majoritária. Esse favoritismo comprometeu a campanha em várias regiões da cidade e gerou descontentamento entre as bases, que perceberam a falta de coordenação e o desperdício de recursos com vereadores despreparados para garantir apoio consistente a Engler.
Como consequência, Bruno Engler perdeu a eleição, e o PL falhou em consolidar uma base sólida para a prefeitura. A lição é clara: uma campanha bem-sucedida demanda coerência estratégica e uso eficiente de recursos, e não alianças baseadas em amizade ou lealdade pessoal. Se houvesse maior capacidade estratégica e menos favoritismo, a eleição para a prefeitura poderia ter sido conquistada.
Um exemplo a ser destacado é o do candidato do PL, Cristiano Reis, que, mesmo enfrentando atrasos de material e contando com poucos recursos em sua campanha, se destacou no trabalho em favor de Bruno Engler. Cristiano foi responsável pela campanha fora de Lula em Belo Horizonte, conseguindo votos tanto para Bruno quanto para si próprio como candidato a vereador. Apesar de ter obtido 3.327 votos, não foi eleito, ficando como suplente. Com um pouco mais de recursos, Cristiano poderia ter sido eleito e, quem sabe, conseguido mais votos para eleger Bruno Engler.
Faltou experiência de campo ao PL ou à “direita”, faltou mobilização anterior à eleição, campanha se inicia no minímo 2 anos antes de uma candidatura, o candidato Cristiano Reis é prova disto, pois era um completo desconhecido e lançou um movimento o “Direita BH” que atravessou as fronteiras de Minas, perdeu as eleições por incrível que possa parecer por ter se dedicado a fortalecer mais o pensamento conservador do que seu nome e sua candidatura. Falta à inexperiente “direita” recuperar espaços na base da comunidade, além das redes sociais, apesar da importância delas.
Temos hoje uma enorme bancada de vereadores e prefeitos eleitos em Minas e no Brasil, é chegada a hora desses vereadores, junto com deputados estaduais, federais e senadores, junto com prefeitos eleitos e governadores de direita se infiltrar nos movimentos comunitários com a ajuda das igrejas, ou de que forma honesta limpa e inteligente for.
Levar soluções , AGIR MAIS e falar não menos, mas com apoio na realidade, nas transformações que DEVERÃO ocorrer a partir dessas eleições de 2024. Vejam o exemplo de Milei e Bukele, eles não perdem tempo, AGEM.
Vejam o exemplo de Cleitinho, de Nikolas, que vieram das bases e nelas
permaneceram, apesar de estarem em Brasília.
Existe um enorme espaço político a ser conquistado, este espaço irá aumentar com a flagrante diminuição do espaço político municipal perdido pela “esquerda” nessas eleições. É preciso também que o PL se articule com os demais partidos de “centro-direita” e identificar prefeitos e vereadores de “direita” que se elegeram por outras siglas, é preciso não apenas pensar, mas “sair para fora da caixa “, inclusive com as forças políticas de outros países para fortalecer o pensamento conservador internamente.
É preciso criar grupos de INTELIGENTSIA, locais, regionais, estaduais e nacional, para pensar a política ciência e arte complexa.
Parabenizo desde já o Sylas Valadão por criar este espaço de opinião.
Fico por aqui. Por enquanto.
Abraços
Faltou maior investimento nas bases, nos aglomerados e áreas vulneráveis. A assistência social CMAS, CMDCA, SEDESE , Cras, Coras, Clas são ocupadas pela esquerda . O discurso político ideológico de esquerda estão fortalecidos nestes espaços.
A direita precisa dialogar com os menos favorecidos, alcançar o terceiro setor, as comunidades de base, líderes comunitários, igrejas… Criar espaços capazes de refletir a problemática social.
Concordo em partes, isso porque quem mais faz assistência a comunidades, quem mais tem programas sociais são aqueles que podemos chamar de “direita”, ou conservadores.
Minha comunidade judaica por exemplo acolhe mulheres gravidas em fragilidade social com tendência a abortar, para que desistam do aborto. Damos assistência psicológica, doação de cesta básica, berço fraudas, etc. para elas não abortem. Já salvamos centenas de crianças.
Nós de direita estamos nas igrejas, nós é que fazemos a grande maioria dos trabalhos sociais. As igrejas dão assistência a pessoas com fragilidades,
quando alguém está em dificuldade vai a igreja. A igreja esta nos presídios recuperando pessoas. Sem a igreja o Estado se transforma em caos.
O que podemos exigir é que mais igrejas sejam ativas politica e socialmente, tirando do Estado a narrativa de que o Estado é quem cuida dos pobres.
Quem deve cuidar dos pobres é a igreja.
A igreja deixou que o Estado usurpasse o papel da igreja e nesse processo o Estado aumentou impostos para favorecer a si próprio em nome de cuidar dos pobres.
Políticos são ricos em nome de cuidar dos pobres, que continuam pobres, porque a igreja negligenciou esse papel.