Nas Redes Sociais do cabo Cleines, autor da prisão de Adélio Bispo, foi publicado dois vídeos (abaixo) onde ele assume categoricamente que existe um determinado número de agentes públicos integrantes de uma Organização Criminosa – atuante intramuros – da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, aos quais estão perpetrando crimes de maneira continuada, inclusive no caso do atentado ao presidente Jair Messias Bolsonaro.
Em vídeo Cleines afirma que no boletim de ocorrência confeccionado pela PMMG , existem informações falsas quando da narrativa dos fatos relacionados no atentado ao Presidente no dia 6 de setembro 2018. O cabo ainda reproduz parte de um outro vídeo, com som inaudível, onde aparece o tórax e posteriormente a cintura de Adélio Bispo no dia de sua prisão.
Para quem não sabe, o cabo Cleines ficou conhecido por ser o responsável por deter, algemar, “dar voz de prisão” e custodiar Adélio Bispo até a chegada da guarnição da Polícia Militar de MG, conduzindo o algoz de Bolsonaro à Sede da Polícia Federal, no dia em que o Presidente Jair Bolsonaro quase perde sua vida, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Aos 3:24 minutos do primeiro vídeo, o Cabo Cleines faz um pedido direcionado ao senhor procurador-geral:Excelentíssimo Sr. Procurador-geral da República Federativa do Brasil, Augusto Aras, as informações contidas, aqui neste vídeo são de interesse nacional, interesse da nação brasileira. Diante disso, nós requeremos que o senhor possa tomar as devidas providências legais contra aquelas pessoas responsáveis.
Caso o Cabo Cleines esteja certo e possa apresentar provas quanto das irregularidades descritas no registro público – que foi a peça inaugural para a investigação –, obviamente existem indícios fáticos e cabais para uma reabertura do Inquérito Policial responsável pela apuração do atentado contra a vida do Presidente da República Federativa do Brasil ,Jair Messias Bolsonaro.
Coincidências ou não, o governador do estado de Minas Gerais na época era o Sr. Fernando Damata Pimentel (PT/MG), e o comandante-geral da Polícia Militar era Cel. Helbert Figueiró de Lourdes, o mesmo coronel investigado após “surgirem suspeitas de obstrução de justiça, após se confirmar que os investigados estavam monitorando os trabalhos da Polícia Federal”, em decorrência da operação “Acrônimo”, que investigava o ex-governador de mineiro, conforme disse a Polícia Federal em matéria publicada no Jornal O Tempo, em 24 de abril de 2020 (clique aqui).
Em suas redes sociais, o cabo Cleines acrescenta que existem policiais que foram prejudicados por falhas nos registros públicos, inclusive relatando o caso do aspirante Valter, que teve a prisão após ocorrer alteração indevida em boletim de ocorrência expedido pela PMMG, bem como em outras oportunidades. Além das redes sociais de Cleines, outros canais sociais como do sargento Felipe (clique aqui) vêm endossando com veemência a existência dessa Organização Criminosa que vem assediando e transferindo injustamente militares por conveniência da disciplina. Instituto este que tem sido utilizado frequentemente contra o princípio da moralidade e imparcialidade, conforme denúncia do cabo Cleines.
