O deputado federal Sóstenes Cavalcante encontrou a reportagem do Direita Nacional quando estava a caminho do Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na zona sul do Rio de Janeiro. O parlamentar tinha um encontro com o governador em exercício Cláudio Castro e parou por dez minutos para falar sobre as arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal, pandemia de Covid-19 e a relação com o chefe do executivo fluminense. Sóstenes teceu vários elogios a Cláudio Castro e criticou o fato dele ainda ser governador em exercício, em mais uma decisão equivocada da justiça brasileira. Para o deputado, essa situação é ruim para todos, inclusive para Castro. “Mais uma arbitrariedade do STF”, classificou. Evangélico e um dos deputados mais atuantes da Câmara, Sóstenes vê com urgência uma reorganização da direita no Rio. Veja a entrevista a seguir:
Qual a sua opinião sobre a decisão do ministro Gilmar Mendes de proibir missas, cultos e reuniões religiosas indo de encontro com o parecer favorável do também ministro Kássio Nunes?
É lamentável que o ministro Gilmar Mendes continue nesta empreitada do STF que não só decidiu usurpar a competência dos outros poderes como passou a tomar decisões anticonstitucionais. As garantias de liberdade dos templos e das religiões é clausula pétrea da nossa Constituição e eles estão passando por cima. São lugares invioláveis e sagrados da fé de milhões de brasileiros. Quando a gente consegue uma decisão favorável com o ministro Kássio Nunes vem o ministro Gilmar fazer um voto discordante para levar ao plenário da corte. Já podemos esperar mais uma arbitrariedade do STF.
Na sua avaliação, o STF erra mais uma vez?
O STF deveria ser o guardião da constituição, mas toma decisões arbitrárias e inconstitucionais.
Por que que isso acontece na sua avaliação?
O STF virou vice-Deus. Os ministros trazem uma série de disserviços para a jovem democracia brasileira. Impedem que o executivo possa ser executivo e que o legislativo seja legislativo. Isso é muito ruim para a democracia. Espero que com a renovação do quadro eles possam reavaliar a postura de cunho político que eles tomam.
Como o senhor avalia o cenário político no Rio hoje?
Nós temos um cenário muito aberto na política estadual. Infelizmente, o STF ainda não resolveu o problema de termos um governo interino. Lamentavelmente, o governador está interino. Isso é muito ruim. Eu gosto muito do Cláudio, é um rapaz jovem e com boas ideias. Eles adiaram mais uma vez a decisão. Isso na política é muito ruim. Nós temos sintonia com o governo estadual, mas ficamos numa situação desconfortável.
A pandemia de Covid-19 deixou esse cenário político ainda mais instável?
A gente precisa superar a pandemia em primeiro lugar. Agora, enquanto o país luta contra essa doença a esquerda está se reorganizando do outro lado. Estão mais preocupados com isso do que em vencer essa doença. Os partidos e lideranças que discordam deles precisam se unir, organizar e se alinhar com o governo nacional. A eleição ano que vem será Vasco e Flamengo. Lula e Bolsonaro. Precisamos de um movimento coordenado para enfrentar o que vem pela frente.