*Por GUTEMBERG REIS
A reforma tributária é uma urgência que em breve será debatida e votada na Câmara dos Deputados, assim como a reforma administrativa, que começa a ganhar corpo, e a reforma da previdência, já aprovada pela atual legislatura. Em cada uma delas alguns pontos se destacaram. No caso da tributária, o tabagismo está sendo alvo de discussões nos corredores de Brasília.
O Brasil está conseguindo diminuir ao longo dos anos o número de fumantes. Contudo, ainda temos mais de 20 milhões de usuários de produtos de tabaco. Os dados são alarmantes, principalmente quando entidades como o Instituto Nacional de Câncer divulga que 80% dos fumantes brasileiros começam antes dos 18 anos, sendo 15 a idade média. Os custos para o Sistema Único de Saúde navegam na casa dos absurdos bilhões de reais.
A reforma tributária pode ser um dos caminhos para endurecer o combate ao fumo. Já possuímos muitas regras como o fim das propagandas e avisos severos nas embalagens dos cigarros, mas podemos mais. Especialistas defendem a criação de imposto seletivo sobre produtos de tabaco. É aí que entra a reforma.
Na Argentina uma pesquisa mostrou os efeitos benéficos do aumento dos tributos sobre o fumo. Eles desestimulam o consumo e os recursos recolhidos são usados no tratamento dos doentes e nas ações de prevenção, combate e conscientização junto à população.
O fumo onera o Estado e cria um caos social, econômico e sanitário. São mais de 160 mil mortes atribuídas ao tabagismo todo ano no nosso país. O Brasil não aguenta mais esse desastre.
*Brasil Gigante é a coluna semanal do deputado federal Gutemberg Reis no Direita Nacional