No Brasil, sempre existiram partidos de esquerda e centro-esquerda que se revezavam no poder, constantemente se acusando mutuamente. Por anos, esses dois blocos dominaram a política: de um lado, o PT e seus aliados, e do outro, o PSDB e seus parceiros.
Agora, imagine a indignação, o ciúme e a inveja desses dois grupos quando, após os movimentos de 2013, milhões de pessoas despertadas decidiram apoiar alguém que não pertencia a nenhuma dessas “panelinhas”. Não se trata apenas de uma questão ideológica. Eles não odeiam Bolsonaro simplesmente por ele ser de direita. Afinal, no passado, o próprio Bolsonaro já apoiou Lula e, mais tarde, expandiu o Bolsa Família, um programa que era a bandeira principal da esquerda. O verdadeiro motivo pelo qual eles detestam Bolsonaro é porque ele rompeu com esse duopólio. Bolsonaro não faz parte nem do PT, nem do PSDB – ele criou uma nova força política, um terceiro grupo, que ameaça a existência dessas duas “panelinhas”.
Foi nesse contexto que os ministros do STF, muitos indicados por esses dois blocos históricos, se uniram contra essa nova força representada por Bolsonaro. Assim, o STF, aliado aos grupos do PT e PSDB, fechou fileiras contra o novo grupo que se formava em torno de Bolsonaro. O resultado? O país travado em uma guerra de poder.
Vale destacar que, se Bolsonaro fosse de esquerda, pró-monarquia ou defensor de qualquer outra ideologia que não se alinhasse com esses dois grupos tradicionais, ele enfrentaria a mesma perseguição. No fundo, o que está em jogo aqui é uma disputa entre facções pelo controle do poder.
A solução para essa guerra política insana passa por uma mudança estrutural: o fim da reeleição para todos os cargos públicos. Cada eleição deveria trazer uma renovação completa, desde vereadores até deputados e senadores. Além disso, os ministros do STF deveriam ter mandatos fixos de três anos, garantindo que o Judiciário também passe por uma constante renovação. Sem essas reformas, continuaremos presos na batalha entre os grupos 1 e 2 contra o grupo 3, criado por Bolsonaro.
Lula de fato está morrendo, acho que Alkmin já esperava e conta com isso pra assumir a presidência.