Brasil precisa de uma inteligência independente: lições do FBI, CIA e Mossad
Em tempos de instabilidade política, ameaças globais e avanço de organizações transnacionais com interesses obscuros, o papel das instituições de segurança e inteligência se torna ainda mais crucial. O Brasil, no entanto, encontra-se vulnerável: suas estruturas de inteligência, notadamente a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), são instituições subordinadas ao poder executivo, compostas por funcionários públicos monitorados e controlados por quem detém o governo. A consequência direta disso é a fragilidade do país diante de ameaças internas e externas, especialmente quando tais ameaças envolvem o próprio Estado.
O modelo brasileiro: controle político disfarçado de institucionalidade
A Polícia Federal do Brasil, embora tecnicamente autônoma para realizar investigações, é formada por servidores públicos concursados, subordinados a diretores nomeados pelo presidente da República. Essa estrutura, longe de garantir independência, submete os policiais a um sistema hierárquico que pode ser manipulado conforme interesses políticos. Operações que deveriam ser sigilosas passam por crivos burocráticos; informações sensíveis podem ser filtradas ou vazadas; e investigações contra grupos poderosos – nacionais ou internacionais – podem ser paralisadas por ordens superiores.
Em um cenário onde o Estado está infiltrado por interesses ideológicos, como os representados por organismos ligados ao Foro de São Paulo ou a fundações como a Open Society Foundation de George Soros, essa dependência institucional é perigosa. O “deep state” brasileiro, longe de ser uma teoria da conspiração, se mostra como uma estrutura real que impede avanços contra o crime organizado, o terrorismo internacional e a corrupção sistêmica.
FBI, CIA e MOSSAD: independência operacional como pilar da segurança
Nos Estados Unidos, duas instituições se destacam: o FBI (Federal Bureau of Investigation) e a CIA (Central Intelligence Agency).
- O FBI, embora seja uma agência federal, possui independência funcional para conduzir investigações, com um diretor que tem mandato fixo de 10 anos, o que reduz significativamente a influência direta de presidentes e partidos políticos. Além disso, sua atuação é majoritariamente interna, cuidando de crimes federais, terrorismo doméstico e contrainteligência.
- A CIA, por sua vez, é uma agência de inteligência externa. Seus agentes, ao contrário dos brasileiros, muitas vezes operam sem identificação pública, com liberdade para conduzir ações em território estrangeiro sem estarem amarrados à burocracia interna. Sua atuação é voltada para a defesa dos interesses dos EUA, não de governos passageiros.
- O Mossad, em Israel, é um caso ainda mais emblemático. Trata-se de uma instituição altamente secreta, dedicada à inteligência externa, contraterrorismo e defesa estratégica. Seus agentes são desconhecidos, suas operações são blindadas contra interferência política, e sua missão é a segurança do Estado de Israel, não dos governantes temporários. Israel entende que um serviço de inteligência não deve ser refém de vaidades eleitorais ou de interesses ideológicos.
O que o Brasil precisa?
O Brasil precisa de uma nova arquitetura de inteligência:
- Instituição apartidária e autônoma: Uma agência que não seja subordinada ao presidente ou a qualquer órgão de governo, com orçamento próprio e protegida por lei de interferências externas.
- Agentes não públicos e protegidos por anonimato legal: A inteligência deve ser feita por profissionais que não sejam acessíveis por meios políticos ou administrativos, protegidos do assédio e da exposição.
- Mandatos fixos para chefias e fiscalização independente: A liderança da agência deve ter mandato blindado contra demissões arbitrárias e ser fiscalizada por um conselho suprapartidário ou por um órgão judicial, não político.
- Atribuição clara de combate a ameaças globais: A nova agência deve ter o poder de atuar contra organizações estrangeiras e internas que atentem contra a soberania nacional – inclusive políticos, empresas, ONGs ou grupos religiosos que atuem em articulação internacional com fins de subversão.
Conclusão: um Brasil soberano exige inteligência soberana
Não se trata apenas de segurança, mas de soberania. Sem uma estrutura de inteligência independente, o Brasil continuará à mercê de interesses que não são os do povo brasileiro. Em um mundo onde o crime se organiza de forma transnacional, onde potências disputam influência por meio de fundações e ONGs, e onde governos podem ser capturados por interesses globalistas, é urgente que o Brasil proteja seu futuro com uma instituição que responda apenas à missão de defender a Nação — e não os interesses de quem temporariamente ocupa o poder.