Perseguição Religiosa disfarçada de justiça: Quando o Estado se Torna o Algoz da Fé Cristã

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido um tempo de estranhezas jurídicas, censuras seletivas e ações que muitos classificam como abusos de autoridade. No centro desse cenário está o nome de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, que, além de sua atuação controversa no campo jurídico e político, começa a ser associado também a um viés espiritual – e não qualquer viés, mas um possível embate religioso silencioso.

Relatos de jornalistas que já estiveram em seu gabinete afirmam que o ambiente é decorado com imagens de orixás, entidades associadas a religiões afro-brasileiras como a umbanda e o candomblé. Em outra ocasião, vídeos mostram Alexandre participando de um ritual indígena, em meio a cânticos e movimentos em roda, onde seu nome era entoado como parte da cerimônia.

Não se trata aqui de desrespeitar tais tradições. O problema começa quando, do outro lado, cristãos – especialmente evangélicos – começam a ser alvo de decisões duras, muitas vezes desproporcionais.
A Prisão de Edinéia Paiva: Um Caso de Fé Silenciada. Durante os eventos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, a faxineira Edinéia Paiva, de 38 anos, foi presa. Ela segurava uma Bíblia e um terço e apenas orava. Mesmo sem antecedentes criminais, foi arrastada, algemada e condenada a 17 anos de prisão. Sua pena gerou indignação. Ela não portava armas, nem praticava atos de vandalismo. Sua fé, porém, pareceu bastar para que fosse tratada como criminosa.

Edinéia não estava quebrando nada. Não portava armas. Estava com uma Bíblia e um terço nas mãos, buscando abrigo das bombas de gás lançadas pelas autoridades. Foi arrastada pelos cabelos, algemada e, mais tarde, condenada a 17 anos de prisão por associação criminosa armada e outros crimes. Ela não tem antecedentes. Não matou, não roubou. Apenas estava lá, orando – e por isso se tornou mais um alvo de um sistema que parece cada vez mais intolerante com a fé cristã.

E não se pode ignorar o pano de fundo mais amplo: Jair Bolsonaro, identificado como cristão, é alvo constante de investigações, censuras e tentativas de silenciamento. Por outro lado, Lula, alinhado ideologicamente e religiosamente com Alexandre de Moraes, é favorecido em decisões judiciais e blindado por setores do Judiciário e da grande mídia. Ambos são simpatizantes – ou até praticantes – de tradições ligadas às religiões afro-brasileiras.

Diante disso, surge uma hipótese inquietante: e se essa guerra política for, na verdade, uma guerra religiosa travestida de disputa institucional?

O paralelo com Israel é inevitável. Lá, muçulmanos e judeus se enfrentam há décadas – não apenas por território, mas por identidade, fé e propósito. O objetivo declarado de muitos grupos islâmicos radicais é a destruição do judaísmo como símbolo do povo de Deus. No Brasil, talvez estejamos assistindo a algo semelhante, embora de forma mais sutil: uma tentativa de calar e suprimir a influência cristã, sob o disfarce da defesa da democracia e da justiça.

Perseguições sempre começam assim: com o uso da lei para “corrigir” o discurso, com o silenciamento seletivo, e com um tratamento desigual conforme a fé de cada um. A Constituição garante liberdade religiosa – mas quando essa liberdade parece favorecer apenas certos grupos, e punir os demais, então já não há liberdade. Há ditadura religiosa e espiritual.

E se é perseguição, que se chame pelo nome.

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