A valorização do dólar tem um impacto significativo na vida de todos os brasileiros, já que nossa economia é fortemente indexada à moeda norte-americana. Isso ocorre porque muitos dos produtos essenciais que consumimos e utilizamos no dia a dia dependem de importações, e grande parte do comércio internacional é realizado em dólar.
Um exemplo claro disso é o setor agrícola: entre 60% e 70% do trigo consumido no Brasil é importado. Com o dólar mais alto, o custo das importações aumenta, o que eleva o preço de produtos derivados do trigo, como o pão francês. Esse efeito não se restringe apenas aos alimentos, mas se espalha para diversos outros produtos e serviços que dependem de insumos estrangeiros.
Além disso, o dólar influencia diretamente o preço das commodities. O Brasil é um grande exportador de produtos como soja, minério de ferro e petróleo, e embora a valorização do dólar possa beneficiar os setores exportadores, ela também exerce pressão sobre o mercado interno. Com o aumento dos custos das matérias-primas e produtos importados, a inflação tende a subir, prejudicando o poder de compra da população e afetando a renda das famílias.
O aumento generalizado de preços tem um efeito dominó sobre a economia: a inflação sobe, o que força o Banco Central a adotar políticas mais restritivas, como o aumento das taxas de juros, para tentar conter a alta dos preços. Esse ciclo pode prejudicar o crescimento econômico, desestimular o consumo e o investimento, e aumentar o endividamento das empresas e dos consumidores.
Em resumo, o cenário atual é preocupante, pois a alta do dólar pressiona tanto os custos internos quanto a inflação, afetando diretamente o bolso dos brasileiros. A economia brasileira enfrenta um grande desafio, e a situação exige atenção cuidadosa para evitar que os impactos negativos se agravem.
É fundamental que as autoridades consigam equilibrar políticas que incentivem o crescimento econômico e o controle da inflação, ao mesmo tempo em que busquem melhorar a confiança do mercado e a estabilidade política do país. Mas, isso não podemos esperar desse atual governo que tem um presidente que disse que: “se Bolsonaro AGRADOU o Mercado nós do PT temos que DESAGRADAR o Mercado porque nós não combinamos”.